Embora venham sendo intensificadas cada vez mais campanhas de conscientização de combate à violência contra a mulher, os números da realidade registrada oficialmente, infelizmente, assustam. Sensibilizado com essa situação triste no Brasil e, claro, no mundo, o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, desembargador Wellington Araújo, anuncia, durante o recesso forense, um novo projeto para reforçar as ações de combate ao grave problema. A Corte Eleitoral amazonense, por meio de Portaria assinada pelo desembargador Wellington, lança um canal exclusivo para que as mulheres vítimas de violência ou discriminação – isso incluiu magistradas, promotoras eleitorais, servidoras, terceirizadas, estagiárias e eleitoras – possam procurar para fazer esse tipo de registro.

Seguindo uma sugestão do ouvidor Eleitoral, desembargador eleitoral Kon Tsih Wang, funcionará, na Ouvidoria do TRE-AM, um serviço especializado. A "Ouvidoria da Mulher" será usada como um instrumento de comunicação e procedimentos próprios para receber e encaminhar reclamações para os órgãos internos e externos do Tribunal. O processo seguirá um rígido controle de proteção e sigilo do nome e dos dados da denunciante desses crimes.

Para o Dr. Kon, idealizador da proposta, a decisão acertada do desembargador Wellington coloca o Tribunal na linha de frente das atividades praticadas pelo Judiciário brasileiro para reduzir esses índices alarmantes, em especial na política. O ouvidor Regional Eleitoral fala, ainda, que ele e o ouvidor substituto, Luís Felipe Avelino Medina, esperam que essa iniciativa "possibilite o exercício pleno da mulher candidata, eleitora e eleita a possuir liberdade, independência e, sobretudo, o respeito”.